Nossas Imagens - Vilém Flusser
Através da leitura do trecho da obra de Flusser, percebo algumas mudanças no ponto de vista que engloba as imagens "pré-históricas" e "pós-históricas". De maneira sucinta, pode-se identificar a tese do autor de que a escrita tentou descrever a imagem "mágica" de maneira racional, enquanto as tecnoimagens buscaram ilustrar a escrita linear, trazendo um pouco de magia programada. Em relação às minhas questões da última atividade, creio que mantenho tais indagações em pé. Por que motivo existe tal hierarquização história das palavras e das imagens? Não seria conveniente transformá-las em recursos de igual poder sobre descrição/ilustração? Foi possível destacar, também, a diferença bastante explícita entre a imagem utilizada antes da invenção da escrita e as novas imagens que surgiram através da tecnologia digital, como as fotografias. De fato, o intuito para a criação de cada tipo de ilustração é diferente mas, de certa maneira, o efeito pode ser bastante semelhante em quem enxerga aquilo. A única diferença se encontra na fidelidade com a realidade concreta e a objetividade com que tal composição foi feita. Concluo, pois, que não pode existir um ranking para imagem e texto. Ambos possuem complementaridade e devem, se possível, estar associados no trabalho de descrição, e não opostos. Nem política, nem cinema, nem história. Nada disso é justificativa para o abandono da imagem ou da escrita linear.
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